EFEITO ORLOFF
Por Marcos Peixoto-jornalista e colunista caririense.
Os eleitores brasileiros irão às urnas dentro de cinco dias para escolher o nosso novo presidente da República. Faço parte do time de eleitores que não age pela emoção, mas sim com a noção de que todas as conquistas em nosso País foram e têm que ser conseguidas em nosso tempo, sem maiores rebeldias, justamente por sermos uma nação complexa, continental e cheia de diversidades e interesses divergentes.
Tive quando adolescente, a triste experiência de ver surgir no cenário político nacional, tipo vapt/vupt, o Fernando Collor de Melo com esses mesmos arroubos que observo hoje no Capitão Jair Bolsonaro. O fanfarrão Collor de Melo ganhou as eleições presidenciais prometendo à incauta maioria do povo brasileiro acabar com a roubalheira, com o desperdício, com as benesses, com os marajás do serviço público num golpe certeiro de Karatê. Como o diabo era adepto desta luta marcial, até vestido com o seu uniforme oficial ele se apresentou perante as tevês. O brasileiro foi ao delírio. O que findou acontecendo todos já estão carecas de saber, porém, graças a Deus, sem o meu voto.

Por isso, observem muito bem, quando assisto o Capitão Bolsonaro pegar numa arma e dramaticamente se travestir de um forte combatente militar que irá acabar com todas as mazelas que até hoje infernizam a nação brasileira, apenas acho que estou diante de mais um Fernando Collor de Melo piorado ou talvez de um Jânio Quadros não alcoolizado, porém, embriagado pela própria natureza.
